quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

AS VEZES OS QUE MAIS AMAMOS SÃO OS QUE MENOS CONHECEMOS

::: OUVINDO JOSS STONE - SECURITY :::


"... and you are only human after all".
Esse verso da música é sensacional.
Aliás, foi o que me conectou em primeira instância.
Depois, claro, vieram a voz rouca e grave e a melodia sensacional que evocam reflexão.
... por maiores que sejam os esforços... "somos apenas humanos no fim das contas".
Quem nunca errou, que se atreva.
Eu sou um cara de muitos erros.
Alguns bem feios, é verdade.
Mas tenho um orgulho danado em perceber que reconheço todos, sem o menor pudor.
Fiz muita gente feliz. Acredito que ainda faço.
Fiz muita gente chorar também. Não queria, mas faz parte, é o balanço da vida.
Nada foi em vão, aleatório e deletável. Lembranças que insistentemente me visitam são prova de que nada é por ser, sem motivo. Marcas de um verdadeiro aprendizado.

FATOR SURPRESA

E quando você jura que conhece?
Mais do que isso...
... quando aquele muro de verdades inquestionáveis e segurança insubstituível cai, tijolo por tijolo?
Dói?
Claro que dói!
Mata?
Não sei...
Como suportar que um amigo, um irmão, um pai seja mentiroso?
Pior, que o envolva em conspirações ardilosas e vergonhosas?
A surpresa piora tudo.
Dor, de onde menos se espera?
É... amar machuca!
Em 2007, tive duas grandes decepções.
Algumas outras, em menor escala... que se arrastaram
atravessaram 2008, sem prazo de vencimento.
Apesar de abalativas, meros obstáculos.
Não darei este peso e força à tão negativa energia.


NADA DE SAPUCAÍ

Nunca gostei do carnaval.
Sempre achei uma chatisse sem fim.
É uma festa bonita, expressão popular das mais significativas, mas... chata.
Ao menos pra mim.
Gosto é gosto, né?
Nem por isso o feriado deixou de ser interessante.
Falei com amigos, cuidei da minha sobrinha (cada dia mais fofa), dei voltas com a cachorrinha. Tudo careta, mas prazeroso.
Um dos programas foi conferir o novo filme do Will Smith, que eu sempre achei um paspalho.
Para sorte do mundo, aparências enganam e conceitos mudam.
Movido por uma curiosidade master, fui ao cine esperando uma performance fracassada.
Estava errado. Thank God!

COM UMA CIDADE AOS PÉS

Sabe aquele sonho de garoto.
De dormir em um supermercado?
Todas as guloseimas à disposição, fazer o que bem entender, acabar com cervejas, salgados, refrigerantes.
Sim, é um pensamento consumista.
Shame on me!
Agora turbine esse sonho.
Uma cidade inteira, talvez um país, aos seus pés.
Sem sinais de trânsito.
Sem regras.
Mas... sem pessoas também.
Já não tem tanta graça, não é?
Apesar da tese, este não é o foco de EU SOU A LENDA.
O filme ignora a questão de uma sociedade sem leis para evocar algo muito mais interessante.
A solidão.
Eu sou a lenda é um filme sobre solidão, basicamente.
De que adianta uma infinidade de recursos ao alcance das mãos sendo que não se pode compartilhar com quem amamos.
E não falo de grana ou produtos caros.
Um abraço, um beijo, um bom dia... nada!
A situação piora (claro) se, além das péssimas recordações de como a raça humana fora dizimada, acrescentarmos a presença de mortos-vivos. Comedores de carne formados por um tipo de vírus.
Fantasioso?
Sim!
Desinteressante?
Nãaao!
Pelo contrário.
Um ótimo pêndulo.
Com inimigos tão ferozes, o vazio, tristeza e medo do personagem de Smith só não superam o "estar só".
Um mergulho tão profundo que reduz os vampiros a meros vilões coadjuvantes.
O que realmente assusta são os gritos abafados, o choro preso, a raiva armazenada.
Não que ele não pudesse fazer nada disso. Mas porque simplesmente não teria para quem fazê-lo.
E isso, meus amigos, impressiona mais que um par de caninos afiados.
Apesar da ação desenfreada, a história, bem como sua condução, é de uma beleza e sensibilidade notória.
A interpretação de Smith é sensacional. Ele cumpre sim, a difícil tarefa de carregar o filme nas costas.
Claro que contou com ajuda.
A inseparável cadela Sam (Samantha) tem participação fundamental.
O suporte emocional do Dr. Neville (personagem de Smith) ajuda (e muito). Torcemos, o tempo todo!
A cena em que ela entra em um galpão escuro, ficando totalmente entregue a ação dos lânguidos vilões, é insuportável.
Potencializada pela decisão do Dr. Neville de resgatá-la a todo custo! Salvar a única (até então) amiga em decisão que poderia custar a própria vida. Amor incondicional. Tocante.
No terço final, somos apresentados a Anna, personagem da brasileira Alice Braga.
Confesso que uma grata surpresa.
Li uma ou outra coisa malhando o trabalho da coitada lá fora.
Mas, aquém dos olhares críticos, abri um baita sorriso.
Saí satisfeito!

Um comentário:

Anônimo disse...

So esto vendo o filme neste momento,20.56hs dia 28/12/2008,porque li seu post .Obrigado