segunda-feira, 17 de março de 2008

POR CONTA E RISCO

:::: OUVINDO - JOHN MAYER / SAY :::::

Take all of your wasted honor
Every little past frustration
Take all of your so-called problems
Better put them in quotations

SAY WHAT YOU NEED TO SAY

A caminhada até a lan house de onde escrevo este post demorou, aproximadamente, 20 minutos.
Na descida da ladeira, o costumeiro fone de ouvido e uma chuva fina, fria.
Inquietante, mas incapaz de intimidar.
Segui tranquilo. Minha vontade de "falar", "dizer" é maior que tudo neste momento.
E tenho de fazer isso aqui! Neste espaço!
Não que não tenha amigos.
Tenho alguns... compreensivos, prestativos... até a página dois.

SERÁ QUE É ASSIM TÃO DIFÍCIL?

Muita gente confunde o que é ser amigo.
Não é estar disponível de madrugada, por exemplo, para os seus desabafos e loucuras.
Quer dizer, também, mas não somente.
Numa situação de carência, crise existencial, mágoa com terceiros, isatisfação e outros adendos, o melhor que se pode oferecer é o silêncio.
Não qualquer silêncio.
Não um silêncio fúnebre.
Um silêncio inocente, presente.
Quem chora quer ouvir um 'estou aqui", sem palavras.
Nada, absolutamente nada, adianta disparar os clássicos "não fique assim!", "vai passar", "ele/ela não merece suas lágrimas", "um dia da caça outro do caçador", "eu avisei", etc etc etc.
Isso tenta, ofensivamente, minimizar um problema que só quem passa pode dimensionar.

Walking like a one-man army
Fighting with the shadows in your head
Living out the same old moment
Knowing you'd be better off instead if you could only

SAY WHAT YOU NEED TO SAY

Dizer o que temos a dizer, assim como tudo na vida, implica na inevitável lei básica.
Para toda ação, uma reação.
Podemos ser compreendidos.
Podemos ser mal interpretados.
Podemos ser felizes.
Podemos ser julgados.
Se por um lado há o alívio de colocar em palavras a união da mente e coração, há a probabilidade das mesmas assumirem a forma de armas contra a sua vontade. Ferindo, machucando, direta ou indiretamente e plantando a pior das sementes: a dúvida.
Afinal, uma discussão leva a vários questionamentos. Será que vale a pena? Eu mereço isso?
As vezes é preciso pensar para não ter de repensar.
Mas, também as vezes, é preciso deixar ir.
Quem disse que escolher é uma tarefa fácil?

Have no fear for giving in
Have no fear for giving over
You better know that in the end it's better to say too much
Then never to say what you need to say again...

Even if your hands are shaking
And your faith is broken
Even as the eyes are closing
Do it with a heart wide open

Say what you need to say...

6 comentários:

André Mans disse...

eu estou sempre disponível ´para os meus grandes amigos na madrugada, mas desde que liguem em casa pois eu desligo o celular... sabe como é? todo mundo tem meu celular...

bj

André Mans disse...

eu estou sempre disponível ´para os meus grandes amigos na madrugada, mas desde que liguem em casa pois eu desligo o celular... sabe como é? todo mundo tem meu celular...

bj

Anônimo disse...

Bom, eu acho que eu te entendo. Também tenho bons amigos que sei que posso contar, mas ás vezes fica fora das possibilidades. Daí eu preciso do meu espaço para matar a minha vontade de falar, dizer...

Dei uma olhada nos posts anteriores, vi vc comentar a respeito do novo filme do Will Smith. Nunca achei graça nele também, mas vc falando deu vontade de assisitir o filme.

Abraço, legal o blog.

Éder Souza disse...

Opa...

Verdade...

As vezes é melhor ficarmos "isolados"...
Mas saiba que sempre q precisar estarei por aqui...

Saudade de vc...

Mills "ViDa RaRa" disse...

Então meu amigo... Ouça por meio de gemidos não pronunciados:

- "Eu estou aqui!"...

Possivelmente eu não consiga conforta-lo, mas poderá ao menos estar acompanhado.

Bjão!

Marco disse...

Que bom que voltou à ativa, rapaz. ou, pelo menos, que deu as caras novamente. Sabe que estou aqu presente se precisar, né? Bjs.